A companhia brasileira de teatro inicia sua residência no Festival Paris l’été para a criação e produção de um novo Voo Livre
Com direção e coordenação de Marcio Abreu, a residência VOO LIVRE – História no Festival Paris l’été reúne 12 artistas franceses e brasileiros, e dá continuidade à pesquisa da companhia às questões relativas à memória e história
Na foto, Rafael Bacelar em cena em Voo livre – Futuros. Crédito: Nana Moraes
Marcio Abreu, artista, autor e diretor brasileiro conhecido por sua companhia brasileira e suas peças profundamente enraizadas na realidade geopolítica e questões urgentes do Brasil, reúne artistas brasileiros e franceses para criar uma performance ao vivo. Apresentada pelo Festival Paris l'Été, esta série de performances, que combina dança, música e teatro, explora o diálogo entre esses artistas. O que surgirá desse encontro? Jovens bailarinos franceses, recém-saídos da pós-graduação do CNDC-Angers, diante de artistas surpreendentes da cena brasileira? Juntos, eles inventam um momento artístico febril e questionam a maneira como a história coletiva e as narrativas íntimas se entrelaçam para construir uma memória compartilhada. Todos os artistas são mobilizados aqui, do movimento mais ardente ao testemunho mais sensível, para sonharmos juntos com novos caminhos.
(Voos livres)
Voo livre é uma plataforma artística criada durante o ano de 2023 pelos artistas e produtores Marcio Abreu, Cássia Damasceno, Nadja Naira e José Maria, no contexto das atividades diversas e contínuas da companhia brasileira de teatro, que em 2025 completa 25 anos de atividades ininterruptas dentro e fora do país.
É um movimento que se articula em 4 eixos: formação, intercâmbio, criação e apresentação. Esses eixos não são estanques, pois agem transversalmente potencializando a experiência. Em outras palavras, pode-se dizer que existe dimensão pedagógica nas ações de intercâmbio, de criação e de compartilhamento com o público, da mesma maneira em que estão em jogo as dimensões artísticas nas atividades de formação e de troca. Pesquisa, aprendizado, encontro, transmissão, criação, performance e compartilhamento são articulados de maneira dinâmica e simultânea em Voo Livre.
Há sempre um ponto de partida que pode ser um texto, um autor, uma situação ou contexto específicos ou um conjunto de referências artísticas ou culturais que mobilizam as ações e as pessoas na direção de uma experiência que é ao mesmo tempo processual e autônoma. Processual porque alimenta os processos criativos de obras futuras e autônoma porque se afirma como uma ação em si, que culmina com apresentações ao público, performadas em diálogo com os princípios estruturantes desta plataforma. Voo Livre não tem fim, pois se estabelece como território. É “começo, meio e começo”, como propõe Nêgo Bispo.
Paris l’été
Com os artistas brasileiros Rafael Bacelar, Cristina Moura, Cássia Damasceno e Felipe Storino, e os artistas franceses Stanley Menthor, Lucas Resende, Michael Nana e Alina Tskhovryebova, Voo livre - História fará 4 apresentações ao público francês. Nos dias 25 e 26 de julho às 20h30, na Fondaction Fiminco, em Romanville, e nos dias 30 e 31 de julho, às 20h30 no Lycée Henri Bergson, em Paris, ambas dentro da Programação do Festival Paris l’été.
Em parceria com a Fundação Fiminco e o CNDC-Angers, como parte de seu programa de apoio à pós-graduação – com o apoio da Fondation de France. Este projeto faz parte da programação oficial da Ano Cultural Brasil-França 2025 – em parceria com a Jerimum Ideias e com o patrocínio da CAIXA, faz parte do Programa Funarte Brasil Conexões Internacionais, com o apoio da Fundação Nacional de Artes – Funarte, vinculada ao Ministério da Cultura do Governo do Brasil.
FICHA TÉCNICA
Coordenação e Direção Marcio Abreu
Co-criação e Performances Cássia Damasceno, Cristina Moura, Felipe Storino, Rafael Bacelar, Stanley Menthor, Michael Nana, Lucas Resende Soares, Alina Tskhovryebova
Colaboração artística e direção técnica Nadja Naira
Interlocução criativa e teórica Maud Chirio
Colaboração artística e tradução Lígia Souza
Colaboração artística e direção de produção José Maria
Criação e produção: companhia brasileira de teatro
Serviço: Voo livre – História
Dias 25 e 26 de Julho de 2025
Fondaction Fiminco – Romanville
Horário: 20h30
43 rue de la Commune de Paris, Romainville 93
Dias 30 e 31 de Julho de 2025
Lycée Bergson – Paris
Horário: 20h30
Lycée Henri Bergson • 27 rue Édouard Pailleron, Paris 19e
Duração: 60 minutos
Classificação: 14 anos
Valor dos ingressos: a partir de EUR 10,00
Link para adquirir ingressos:
https://parislete.notre-
+++ Atividades Paralelas:
++ O Festival Paris l’été convida La Déferlante
Antes das apresentações de Voo Livre – História na Fondation Fiminco, o Festival promove um encontro para uma discussão sobre como nossos corpos se envolvem na política, em um contexto global onde a ascensão da extrema direita ameaça diretamente sua integridade. Com a participação de Marcio Abreu.
Sábado, 26 de julho, 18h30-20h
Fondaction Fiminco - 43 rue de la Commune de Paris, Romainville 93
Entrada Gratuita.
Ingressos: Link
++ Atelier de Dança, com a artista, diretora Cristina Moura
Sessões práticas especiais com as equipes artísticas para o público. Esta é uma oportunidade de mergulhar em seus universos e enriquecer sua experiência visual! Para amadores e maiores de 16 anos.
Sábado, 19 de Julho, 10h-12h - Gratuito
Fondaction Fiminco - 43 rue de la Commune de Paris, Romainville 93
Entrada Gratuita.
Link para se inscrever: Link
+++ Visita arquitetônica a Fondaction Fiminco em Romainville, antes das apresentações nos dias 25 e 26 de julho.
Descubra os bastidores de uma residência artística, seus estúdios e o espaço expositivo.
Fondaction Fiminco - 43 rue de la Commune de Paris, Romainville 93
Entrada Gratuita.
Redes sociais: @ciabrasileira
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Sobre a companhia brasileira de teatro
A companhia brasileira de teatro é um coletivo de artistas de várias regiões do país fundado pelo dramaturgo e diretor Marcio Abreu em 2000, em Curitiba PR. Sua pesquisa é voltada sobretudo para novas formas de escrita e para a criação contemporânea.
Entre suas principais realizações, peças com dramaturgia própria, escritas em processos colaborativos e simultâneos à criação dos espetáculos, como PRETO (2017); PROJETO bRASIL (2015); Vida (2010); O que eu gostaria de dizer (2008).
Há ainda uma série de criações a partir da obra de autores inéditos no país como uma adaptação da obra Platonov de Anton Tchekov intitulada POR QUE NÃO VIVEMOS? (2019); a peça Krum (2015) de Hanock Levin; Esta Criança (2012), de Joël Pommerat; Isso te interessa? (2011), a partir do texto Bon, Saint-Cloud, de Noëlle Renaude; Oxigênio (2010), de Ivan Viripaev, Apenas o fim do mundo (2006) de Jean Luc Lagarce; Suíte 1 (2004) de Phillipe Myniana.
Suas criações mais recentes são AO VIVO [dentro da cabeça de alguém] (2024) e SEM PALAVRAS (2021) ambas com texto e direção de Marcio Abreu.
A companhia realiza ainda frequentes intercâmbios com outros artistas no país e no exterior, mantém um repertório ativo e circula com frequência pelo Brasil e Europa. O núcleo criativo da companhia é composto por Marcio Abreu [direção, dramaturgia, direção artística], Nadja Naira [atriz, iluminadora, coordenação técnica], Cássia Damasceno [atriz, administração] e José Maria [direção de produção].