Canal Brasil exibe entrevista inédita com Débora Falabella sobre seus 30 anos de carreira

14/06/2025 20:20

Canal Brasil exibe entrevista inédita com Débora Falabella sobre seus 30 anos de carreira

  Na conversa com Simone Zucolotto, atriz lembra trabalhos importantes na TV e no teatro e fala sobre dois novos projetos no cinema

Débora Falabella e Simone Zuccolotto. Créditos: Divulgação

Na próxima segunda-feira, 16 de junho, às 19h30, o Canal Brasil exibe uma entrevista inédita de Débora Falabella para o Cinejornal, apresentado por Simone Zucolotto. A atriz, que completa 30 anos de carreira, está gravando dois longas-metragens: “Pele de Rinoceronte”, de Marcello Ludwig Maia, do qual é protagonista, e “Quinze Dias”, de Daniel Lieff, uma adaptação do romance LGBTQIAPN+ de Vitor Martins.

Na conversa, Débora Falabella comenta sobre as duas produções inéditas, seus próximos projetos no palco, a interação e o retorno do público em suas peças de teatro, além de festejar o trabalho de 30 anos nas artes. A atriz também relembra o sucesso nostálgico da novela Avenida Brasil, exibida pela TV Globo em 2012, e seu papel como Nina García, uma das protagonistas da trama.

Baseado em um caso real que comoveu o Brasil nos anos 1970, “Pele de Rinoceronte” aborda o feminicídio e a violência contra a mulher. A narrativa acompanha uma repórter policial que investiga o crime para um jornal popular, interpretada por Falabella; uma advogada que elabora a acusação do réu (Naruna Costa); e a própria vítima, que enfrenta as consequências de um relacionamento abusivo. “Eu estou debruçada sobre esse tema desde que atuei na peça ‘Prima Facie’, de Yara de Novaes. Fiz uma novela e a peça de teatro ‘Neste Mundo Louco, Nesta Noite Brilhante’, de Silvia Gomez, que também falavam sobre a violência contra a mulher, então é um tema muito presente e que pra mim foi importante contar. A minha personagem é uma jornalista que escreve para um jornal popular da mesma forma como era naquela época, julgando a vítima, muitas vezes condenando e fazendo juízo de valor. Mas assim como na ‘Prima Facie’, tem uma virada em que ela começa a enxergar por um viés mais feminino.”

A atriz complementa falando sobre a importância da televisão, do cinema e do teatro como meios de reflexão e de transformação da sociedade: “Quando você conta uma história através da arte, você consegue acessar principalmente histórias que incluam todos, e falamos para todo mundo fora da nossa bolha. Acho que o interesse por essa história precisa partir do que está sendo contado para depois refletirmos sobre o que estamos falando realmente.”

 

Já no novo longa-metragem de Daniel Lieff, “Quinze Dias”, Débora interpreta a mãe do jovem Felipe (Miguel Lalo). Ela decide hospedar em sua casa, por quinze dias, o vizinho Caio, a primeira paixão de Felipe. “É um filme muito lindo. Sou mãe solo de um adolescente gay de 16 anos que lida com ele de uma forma muito apaixonada. Estou muito feliz de fazer esse projeto que vai por um outro caminho [de leveza] do que eu estava fazendo. A gente se emociona com a história dela!”, conta Débora.

Débora Falabella, como Nina, e Adriana Esteves, como Carminha, em “Avenida Brasil”. Foto: Estevam Avellar/Memória Globo

 

No contexto de comemoração aos 30 anos de carreira de Débora Falabella, a novela Avenida Brasil não poderia ficar de fora da conversa. Escrita por João Emanuel Carneiro e com elenco de peso formado por Adriana Esteves, Murilo Benício, Marcello Novaes, Cauã Reymond, Vera Holtz e muito mais, a telenovela foi um marco na história de vida dos atores e na trajetória da TV brasileira. 

 

“Foi uma maravilha fazer parte de uma telenovela onde tudo isso aconteceu, e o público é mesmo impressionante. A novela vai se renovando. Como ela está agora no catálogo, as pessoas vão redescobrindo, então até hoje é muito forte. E foi a primeira vez que as novelas começaram a ter uma maneira de serem contadas um pouco diferente. Foi uma confluência de direção, de atuação e de um texto que deu muito certo”, diz a atriz orgulhosa.

 

Nascida em uma família de artistas, Débora diz se sentir grata pelas três décadas na televisão, no cinema e no teatro, e explica como essas paixões, ao impactarem o indivíduo, são difíceis de desistir. “Uma vez que você é tomado e capturado por tudo isso, é muito difícil desistirmos. Eu me imagino fazendo outras coisas (sou produtora, já dirigi teatro e tenho projeto de dirigir cinema), mas é uma profissão que se confunde muito e está ligada à nossa vida. É uma profissão em constante aprendizado. Em cada idade que você está, ela terá um sentido completamente diferente porque vai junto com a sua vida”, reflete Falabella.

 

Cinejornal Débora Falabella

Horário: Segunda, dia 16/06, às 19h30

Apresentação: Simone Zuccolotto