Dia Mundial da Amamentação: Campanha 2025 reforça importância do apoio para que mães consigam amamentar por mais tempo

01/08/2025 13:36

Com apenas 45,8% dos bebês menores de 6 meses sendo amamentados exclusivamente no Brasil, especialistas alertam: mais do que força de vontade, a amamentação exige acolhimento, orientação e uma rede de apoio eficaz
 

1º de agosto é o Dia Mundial da Amamentação e marca o início da Semana Mundial da Amamentação (1 a 7/8) e o início do Agosto Dourado, mês dedicado à conscientização sobre o aleitamento materno. A data traz uma oportunidade essencial de reforçar o quanto amamentar é um gesto poderoso de proteção à saúde infantil, prevenção de doenças e fortalecimento do vínculo entre mãe e bebê mas que, na prática, ainda é cercado por desafios, tabus e falta de suporte.

Este ano, o tema da campanha global da WABA (World Alliance for Breastfeeding Action) é: “Priorizemos a Amamentação: criemos sistemas de apoio sustentáveis”.

A mensagem central é clara: a amamentação não deve ser uma responsabilidade solitária da mulher, e sim uma ação coletiva, que envolve famílias, profissionais de saúde, empresas e políticas públicas. Segundo o ENANI (Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil), apenas 45,8% dos bebês menores de seis meses são amamentados exclusivamente no Brasil, índice ainda abaixo da meta de 50% estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) até 2025.

“Vivemos em um país em que a média de aleitamento são 40 dias. Isso não é culpa das mães. É reflexo da desinformação, da ausência de profissionais capacitados e do julgamento social”, afirma Dra. Anna Bohn pediatra, da Sociedade Brasileira de Pediatria. “Amamentar não é instintivo: é um aprendizado que exige paciência, persistência e orientação”.

A dificuldade, como lembra a fisioterapeuta especialista em aleitamento humano Dra. Alessandra Paula, não está apenas na pega correta. Muitas mulheres enfrentam dores intensas, esgotamento físico, insegurança emocional, problemas anatômicos e até pressões estéticas que influenciam negativamente esse processo.

“Cada mãe e cada bebê têm uma história única. Mas, com informação, apoio e manejo adequado, é possível transformar dor em conexão. Amamentar vai muito além da nutrição: é vínculo, proteção, segurança”, explica Alessandra, idealizadora da Clínica CRIA.
 

Checklist da Amamentação:
 

Você está no caminho certo?

Nem sempre a amamentação começa bem. Por isso, entender os sinais de uma boa pega pode ajudar a prevenir dor e garantir que o bebê receba o leite de forma eficaz.

7 sinais de que a amamentação está correta:

  1. A boca do bebê está bem aberta, com os lábios virados para fora
  2. O queixo encosta no seio
  3. O bebê abocanha a aréola, não apenas o bico
  4. A aréola aparece mais acima da boca do que abaixo
  5. A sucção é profunda e rítmica, com pequenas pausas
  6. Você ouve o bebê engolindo
  7. O mamilo fica confortável após os primeiros minutos da mamada

Sinais de alerta:

  • Cabeça desalinhada com o corpo
  • Sucção fraca e superficial
  • Estalos durante a mamada
  • Bochechas enrugadas ou retraídas
  • Dor intensa e persistente no mamilo
  • Presença de fissuras ou sangramentos

Neste Agosto Dourado, mais do que reforçar os benefícios do leite materno, a campanha convida toda a sociedade a olhar com mais empatia para as mães e suas jornadas de amamentação. Garantir apoio emocional, acesso à informação de qualidade e profissionais capacitados faz toda a diferença para que mais mulheres consigam seguir amamentando com menos dor, mais confiança e, sobretudo, com liberdade de escolha.
 

Dra. Alessandra Paula Santos Fisioterapeuta

CREFITO 392075-F

  • Fisioterapeuta formada pela Universidade de Santo Amaro
  • Especialista em Amamentação pelo Hospital Albert Einstein
  • Especialista em aleitamento humano e seus obstáculos pela escola Bianca Balassiano Cursos extras em aleitamento materno nível avançado: Cirurgias mamárias, Hiperlactação, Desmame, Uso de Fitoterápicos, Síndrome de Down, Fissura Palatina. Pelo Instituto Mame Bem.
  • Especialista em Fotobiomulação (laser e led).
  • Terapias combinadas/Eletrotermoterapia (ultrassom e correntes elétricas) para manejo de dor e regeneração celular em pós-operatório.
  • Especialista em Taping pós-parto e recuperação cirúrgica.
  • Criadora do método Descomplicando a Amamentação, com mais de 500 alunos.
  • Fundadora da Clínica Cria, única clínica do país dedicada ao aleitamento humano e cuidados com recém-nascidos.

DRA ANNA DOMINGUEZ BOHN

CRM SP 150 572

RQE 106869/ 1068691

  • Registro pela Sociedade Brasileira de Pediatria Registro de Terapia Intensiva Pediátrica pela Associação de Medicina Intensiva.
  • Graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
  • Residência em Pediatria e Terapia Intensiva Pediátrica pela Universidade de São Paulo.
  • Curso de especialização em cardiointensivismo pelo Hospital SICK KIDS, Universidade de Toronto.
  • Pós-graduação em Síndrome de Down pelo CEPEC - FMABC (centro de pesquisa e estudos) MBA em gestão de saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein Vice-presidente do Núcleo de Estudos da criança e adolescente com deficiência, Sociedade Paulista de Pediatria
  • 2014 - Congresso Brasileiro de Terapia Intensiva Pediátrica, Florianópolis
  • 2015 - Congresso Mundial de terapia intensiva pediátrica, Toronto
  • 2018 - Curso de especialização em terapia extracorpórea, ELSO São Paulo
  • 2020 - New England Down Syndrome Symposium, online Boston
  • 2021 - Congresso American de Pediatria, AAP online
  • 2023 - International Conference on Nutrition and Growth, online London
  • 2018-2023 Médica do Instituto do Coração
  • 2020-2023 coordenadora da unidade de terapia intensiva pediátrica pré-operatória do Instituto do coração - FMUSP
  • Pediatra do corpo clínico dos Hospitais Israelita Albert Einstein e Sírio Libanês.
  • Membra do Grupo Médico Assistencial sobre a pessoa com deficiência do Hospital Albert Einstein