"EU SÓ TENHO ORGULHO", DIZ THAÍDE SOBRE TRAJETÓRIA NO RAP E NA MÍDIA, NO “PROVOCA”
ENTREVISTA COM MARCELO TAS VAI AO AR NA PRÓXIMA TERÇA-FEIRA (24/6), NA TV CULTURA
Marcelo Tas recebe o rapper Thaíde no Provoca da próxima terça-feira (24/6). No programa, o artista chama o rap de “rep”, em respeito à língua e cultura brasileira, fala do reconhecimento que tem recebido pelo seu trabalho, e diz o que pensa de quem faz arte só por fama, dinheiro ou amor. A entrevista inédita vai ao ar a partir das 22h, na TV Cultura.
Um dos maiores nomes da cultura hip hop no Brasil, Thaíde sente que o rap no país merece uma reparação histórica depois de ter se deixado levar pela influência americana: “se um dia tiver aquele lance de: ‘hoje nós vamos ter uma documentação sobre hip hop brasileiro’, que o rap brasileiro pudesse ser escrito com ‘e’. Porque nós temos o ‘ritmo e poesia’, e é também um grande reconhecimento, de respeito, ao repente brasileiro, que já é o nosso rap de raiz”.
Em outro momento, falando sobre o livro Thaíde: 30 Anos Mandando a Letra, que explora e analisa suas composições, o rapper conta: “sem me deixar levar pela vaidade, eu me sinto muito orgulhoso. Porque chegou uma época da minha vida em que, de tanto ouvir falarem, até eu duvidava da minha capacidade enquanto pessoa. (...) E de repente, depois de tantos anos, ver que eu lancei tantos discos, lancei livros, estou dançando, estou com um disco novo agora, preparando um novo livro, apresentando programas de TV, fazendo reportagem pelo país inteiro, cara... Eu só tenho orgulho”.
Fazendo referência a um trecho de uma das canções do seu novo disco, Corpo Fechado, Mente Aberta, Thaíde fala sobre as motivações para quem aposta no rap: “eu acredito que se você vai só pela fama, você é uma pessoa que está precisando de atenção. Você é uma pessoa que está precisando dar uma penteada na sua vaidade. (...) Se você está ali apenas pela grana, você vai ser apenas um vendido realmente. Que faz algo que você não ama, que você não tem nenhuma empatia, mas que dá uma grana. (...) Se você faz só porque você ama, você vai ter que curtir o hip hop, mas trabalhar com uma outra coisa. Agora, se você juntar os três, você vai se tornar uma pessoa feliz”.
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