Fala de Odete Roitman em Vale Tudo reacende debate sobre mulheres que constroem o próprio destino

No capítulo da última segunda-feira (5), do remake da novela Vale Tudo, a personagem Odete Roitman usou uma expressão “self-made woman” que ressoou fora da ficção, ao se referir à jornada de sucesso da heroína Raquel. Esse termo que, em tradução livre, indica uma mulher que se fez sozinha, despertou uma reflexão atual sobre o que torna uma mulher capaz de construir seu próprio caminho, vencer obstáculos e redefinir seu destino por conta própria?

Para a astróloga Sara Koimbra, o mapa astral pode revelar com precisão quais são os aspectos que favorecem esse tipo de trajetória. “Uma mulher self-made tem marcas muito específicas no mapa, como por exemplo,  independência, foco, coragem e, acima de tudo, uma força interna que a move mesmo quando o ambiente não favorece. São mulheres que nasceram para transformar, inclusive a si mesmas”, afirma.

Segundo Sara, o posicionamento de planetas como Marte, Saturno e Plutão, além da configuração das casas astrológicas 2, 6 e 10, são fundamentais na leitura dessas mulheres. “Marte indica a força de ação, o impulso. Saturno revela como lidar com responsabilidade e disciplina. Plutão mostra capacidade de renascimento, de reconstrução diante das perdas. Quando esses planetas estão bem posicionados ou em aspecto de tensão desafiadora, costumam apontar uma trajetória intensa, marcada por superação”, explica.

Outro ponto essencial é o signo do Meio do Céu, que representa o modo como a pessoa busca projeção e reconhecimento. “Mulheres com Meio do Céu em Capricórnio, por exemplo, tendem a construir sua reputação com muito esforço e estabilidade. Já aquelas com essa posição em Áries ou Escorpião têm perfis mais ousados e combativos. O que importa não é o atalho, mas a força com que seguem em frente”, diz.

Sara destaca ainda que essas mulheres não se limitam a um arquétipo de poder masculino. Muitas apresentam Lua ou Vênus em signos de água, que revelam um emocional profundo e uma conexão intensa com a intuição. “Ser self-made woman não é ser insensível ou solitária. É ser consciente de si, de suas escolhas e do preço que se paga por elas. É saber usar sua sensibilidade como inteligência estratégica.”

Apesar da origem do termo estar associada ao universo empresarial, Sara acredita que a expressão se aplica a todas as que rompem padrões, desde mãe solo que cria os filhos com dignidade à empreendedora que abre seu próprio negócio. “O mapa astral mostra o caminho, mas é a pessoa que trilha. A mulher que carrega esse caminho tem consciência disso. Ela pode ter começado do nada, mas hoje conquista tudo o que construiu.”

A fala de Odete Roitman, ainda que usada como forma de convencimento a uma chantagem na novela, reacendeu a potência de um termo que, para muitas mulheres, é sinônimo de vitória, autonomia e respeito. “Ser chamada de self-made woman não é ofensa. É constatar o óbvio. Ninguém fez por ela, mas ela fez por si e pelos outros também”, conclui Sara.