Harmonização glútea: você sabe mesmo o que estão aplicando no seu bumbum?

Técnicas de estética ganham espaço no Brasil, mas exigem atenção aos produtos usados e aos profissionais. Dr. Roberto Chacur explica o que funciona, o que é seguro e o que evitar

FOTO FREEPIK / CO - ASSESSORIA

A busca por um bumbum bonito e empinado impulsiona a procura por procedimentos estéticos no Brasil, um dos países que lideram intervenções nessa região. Nos últimos anos, a harmonização glútea ganhou espaço como uma alternativa sem cirurgia, oferecendo resultados naturais com menos riscos e tempo de recuperação.

Segundo o médico Roberto Chacur, referência em tratamentos corporais, a harmonização glútea é um conjunto de procedimentos que remodelam a região com foco em contorno, firmeza e equilíbrio estético. Em muitos casos, não se trata apenas de volume, mas também de melhorar a qualidade da pele, combater a flacidez e suavizar celulites. “O tratamento é sempre personalizado, de acordo com o biotipo e a expectativa da paciente”, explica.

Os produtos recomendados para esse tipo de procedimento são os aprovados pela Anvisa, como o ácido hialurônico e os bioestimuladores de colágeno. O primeiro é indicado quando se deseja projeção e volume imediato, enquanto os bioestimuladores atuam de forma progressiva, promovendo firmeza e melhorando a qualidade da pele com o tempo. “Muitas vezes combinamos as duas abordagens para resultados mais completos”, afirma Chacur.

Por serem substâncias temporárias, os efeitos costumam durar de 12 a 24 meses e exigem manutenção periódica. Mas essa característica, segundo o médico, também aumenta a segurança. “Produtos que o corpo absorve são mais previsíveis e nos permitem adaptar o tratamento ao longo do tempo.”

Com o aumento da popularidade do procedimento, cresce também a importância da informação. “Nem sempre quem busca esse tipo de intervenção sabe exatamente o que será aplicado. É fundamental saber o nome comercial da substância, se ela tem registro na Anvisa, e quem está aplicando”, alerta. Chacur reforça a importância de procurar profissionais com registro médico e experiência comprovada, além de clínicas regulamentadas. “Mesmo produtos liberados podem causar complicações se usados por mãos erradas ou em excesso.”

O médico lembra que alguns públicos precisam de avaliação mais cuidadosa, como gestantes, pessoas com doenças descompensadas ou que já tenham utilizado produtos proibidos. “A consulta deve ser individualizada e transparente. O paciente precisa estar ciente de todos os detalhes.”

Para quem deseja melhorar não apenas o volume, mas também a aparência da pele dos glúteos, técnicas complementares podem ser associadas. É o caso da GoldIncision, voltada ao tratamento de celulites. O procedimento atua na estimulação da produção de colágeno e liberação das fibroses que prendem a pele e formam os furinhos da região. “Ela não aumenta o volume, mas entrega um bumbum mais liso e firme, o que também contribui para harmonização.”

A harmonização glútea representa uma nova fase da estética corporal, com técnicas cada vez menos invasivas e resultados naturais. Mas como em qualquer procedimento, informação e escolha consciente são indispensáveis. “Quando bem indicada e bem executada, a harmonização transforma para melhor. Mas é preciso fazer do jeito certo, com produtos certos médicos preparados”, conclui Chacur.