Michel Melamed e Lenine. Créditos: Asafe Ghalib
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Nesta quinta-feira, 26 de junho, às 21h, vai ao ar o quinto episódio do “Polipolar Show”, apresentado e dirigido por Michel Melamed no Canal Brasil. O projeto reúne 30 personalidades brasileiras das mais diversas áreas da arte para falar da vida, cantar, atuar e surpreender o público com as divertidas provocações de Melamed. Os convidados deste episódio são Lenine, Clayton Nascimento e Maria Clara Gueiros.
O cantor Lenine fala sobre que outro nome gostaria de ter, sobre o significado de sonhos, seu jeito celebrativo de ser, a questão de urgências na rotina, seu processo de produção de projetos, além da paixão e inspiração pelas orquídeas.
“Meu gosto por orquídeas foi primeiro pelo interesse em saber quais plantas estão na copa das árvores. Essas são plantas que andam, porque elas procuram o sol e vão escalando para ter uma maior área de iluminação. São plantas com raízes aéreas. Foi por causa disso que eu comecei a gostar de orquídea. Hoje, meu gosto é de toda a raiz!”, brinca.
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Michel Melamed e Clayton Nascimento. Créditos: Asafe Ghalib
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O ator Clayton Nascimento revela os personagens que tem vontade de interpretar no teatro, como Hamlet, e fala sobre ter a voz parecida com a do cantor Ray Charles — com direito a uma palinha para a plateia. Clayton e Michel também conversam sobre o sucesso da aclamada peça “Macacos”, cuja história se baseia em um caso que aconteceu em abril de 2015, quando Eduardo de Jesus, prestes a completar 10 anos, levou um tiro na cabeça no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. O autor conta que a trajetória de Terezinha Maria de Jesus foi sua inspiração e, ao vê-la em uma foto na capa de jornal com uma cartolina sozinha em frente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o tocou bastante e, assim, decidiu interpretá-la.
Depois de 8 anos, o caso foi reaberto pelo Ministério Público a partir da peça que contou com a presença da mãe do menino, Terezinha Maria de Jesus. Foi a primeira vez, na história do teatro brasileiro, que uma encenação promoveu a reabertura de um caso na justiça. Em junho de 2024, após o desarquivamento, o MP ouviu novas testemunhas que foram unânimes em dizer que não havia confronto no momento da morte, ao contrário do que disseram os policiais militares investigados. Clayton também reforça a importância de ensinar outros a contar histórias como essas.
“Eu gosto muito de dar aula, é um encontro que vai levar ao processo criativo. Gosto muito de provocar para que a turma traga propostas, é uma aula mais livre”, explica. O artista também relembra o caso: “A Terezinha apareceu na peça e disse ‘eu nunca fui ao teatro, eu sei que você está me interpretando e essa noite eu vim me assistir!’. A partir disso, nós reabrimos o caso dela e foi a primeira vez, na história do teatro brasileiro, que um caso é reaberto por causa de uma peça de teatro”.
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Michel Melamed e Maria Clara Gueiros. Créditos: Asafe Ghalib
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A atriz Maria Clara Gueiros conta sobre sua experiência com psicanálise, como foi o surgimento da sua síndrome do pânico, um transtorno que vem aumentando com rapidez ao redor do mundo e mais em mulheres, e como ela gostaria que existissem diretores de pessoas na vida real. Ela também faz uma videochamada com o filho dela que estuda na França e Michel tem uma conversa muito divertida com ele.
“Eu vivo flertando com uma ideia que é impossível de se conseguir botar em prática: haver um diretor de gente na vida real. Às vezes me dá impressão que tem pessoas que escolhem para si mesmas um personagem tão ruim e precisaria ter diretores que trabalhassem com elas para avisar que não está bom", reflete Maria Clara.
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