Medicina da família propõe abordagem 'longitudinal', individualizada e sem preconceitos à obesidade

23/05/2025 13:10

 

Medicina da família propõe abordagem 'longitudinal', individualizada e sem preconceitos à obesidade

Estudo publicado pela revista The Lancet afirma que mais da metade da população mundial será obesa em 2050 e Brasil está entre os mais ameaçados

Pesquisa publicada recentemente pela revista científica The Lancet revelou que mais da metade da população mundial (3,8 bilhões) e um terço das crianças (746 milhões) viverão com sobrepeso ou obesidade até 2050. Presente nos alertas da Organização Mundial da Saúde como epidemia global, a obesidade pode agravar problemas de saúde, especialmente os cardiovasculares, e, além disso, expor as pessoas gordas a diversos problemas emocionais por causa do preconceito, que pode atingir até profissionais da saúde. 

Por isso, a abordagem proposta pelos médicos de família e comunidade, na Atenção Primária à Saúde (APS), é primeiramente de acolhimento. De forma que o peso do paciente seja mais uma informação sobre a sua condição de saúde, buscando o vínculo médico-paciente para uma visão longitudinal e individualizada. 

“A obesidade é uma doença que causa impacto importante na saúde tanto físico quanto emocional. Pode aumentar o risco de doenças crônicas, causar inflamações, afetar o sono, o humor, a autoestima… É uma condição multifatorial, e, por isso, precisa ser abordada de forma ampla, sem julgamento. O cuidado tem que ser contínuo e principalmente baseado em uma boa relação médico-paciente”, explica o médico de família Leonardo Demambre Abreu, coordenador da Amparo Saúde, empresa de APS do Grupo Sabin. 

O médico de família é aquele que acompanha o paciente em sua jornada de saúde, encaminhando-o a especialistas, quando necessário, e monitorando todas as informações sobre o seu estado. No caso de pessoas com obesidade, explica Leonardo, utiliza-se as ferramentas consagradas como o Índice de Massa Corpórea (IMC) e circunferência abdominal para avaliar o sobrepeso. “Observamos a composição corporal em casos selecionados. Mas tudo dentro do contexto. Idade, nível de atividade física, comorbidade, tudo isso influencia bastante. Uma pessoa jovem com sobrepeso pode ter um risco completamente diferente de uma pessoa mais velha, sedentária e com histórico familiar de doenças crônicas. Não existe uma régua única para todos.” 

Um estudo realizado há 30 anos e cuja atualização foi publicada pela The Lancet no mês passado, intitulado “Global Burden of disease study BMI Collaborators”, apresentou números preocupantes inclusive para o Brasil. Embora o maior número de adultos obesos continue sendo prevalente, até 2050, na China (627 milhões), Índia (450 milhões) e EUA (214 milhões), regiões como a África Subsaariana registrarão aumento de 250% na população obesa. Países como o Brasil assistirão mais rapidamente a transição para predominância da obesidade na população até o período estipulado, especialmente jovens. 

  

Prevenção e tratamento

Na Amparo Saúde, explica o Leonardo Demambre Abreu, o paciente obeso ou com sobrepeso recebe uma atenção especial ao risco de hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol elevado, problemas articulares e apneia do sono, entre outros. “A obesidade pode piorar essas condições ou até mesmo desencadeá-las. Mas o mais importante é fazer esse acompanhamento de forma longitudinal, respeitando o ritmo do paciente, acolhendo suas dificuldades e oferecendo alternativas reais de mudança”, afirma. 

O médico de família destaca a importância da empatia no atendimento, pois não são raras as situações de gordofobia enfrentada por pacientes, inclusive em estabelecimentos de saúde. “Obesidade não é uma falha de caráter nem uma escolha. A gente precisa oferecer caminhos reais, com escuta, acolhimento e sem julgamento”, afirma o dr. Leonardo.  

O primeiro passo para enfrentar o sobrepeso e a obesidade, explica o médico de família, é trabalhar com mudanças de estilo de vida. “Porém com metas possíveis, personalizadas, e oferecendo apoio contínuo. Em alguns casos, quando há risco alto ou dificuldade de resposta, a gente pode sim considerar prescrever medicamentos, com avaliação criteriosa e acompanhamento regular. Mas é importante deixar claro: o remédio não substitui a mudança de hábito, ele pode ajudar, mas sozinho não resolve”, conclui. 

  

Grupo Sabin | Com 40 anos de atuação, o Grupo Sabin é referência em saúde, destaque na gestão de pessoas e liderança feminina, dedicado às melhores práticas sustentáveis e atuante nas comunidades, o Grupo Sabin nasceu em Brasília (DF), fruto da coragem e determinação de duas empreendedoras, Janete Vaz e Sandra Soares Costa, em 1984. Hoje conta com 7.000 colaboradores unidos pelo propósito de inspirar pessoas a cuidar de pessoas.  O grupo também está presente em 14 estados e no Distrito Federal oferecendo serviços de saúde com excelência, inovação e responsabilidade socioambiental às 78 cidades em que está presente com 358 unidades distribuídas de norte a sul do país.     

O ecossistema de saúde do Grupo Sabin integra portfólio de negócios que contempla análises clínicas, diagnósticos por imagem, anatomia patológica, genômica, imunização e check-up executivo.  Além disso, contempla também serviços de atenção primária contribuindo para a gestão de saúde de grupos populacionais por meio de programas e linhas de cuidados coordenados, pela Amparo Saúde e plataforma integradora de serviços de saúde - Rita Saúde - solução digital que conta com diversos parceiros como farmácias, médicos e outros profissionais, promovendo acesso à saúde com qualidade e eficiência. 

  

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